O SISTEMA RESPIRATÓRIO HUMANO
A Naturologia é a ciência que estuda
as terapias naturais e sua eficiência nos seres humanos, buscando olhar a humanidade de
maneira mais integrada, observando como o homem interage com o mundo onde ele
vive, e como isso reflete na saúde do seu corpo, tendo a prevenção e a
manutenção da saúde como metas principais e também visando ajudar nos processos
de cura. Através de técnicas simples e não invasivas a Naturologia pode trazer bem
estar, consciência e saúde (ARAÚJO, 2008).
Através de uma técnica totalmente
natural podemos melhorar a nossa saúde: respirar corretamente. Respirar
significa viver. Nós podemos viver alguns dias sem comer ou sem beber, porém
apenas alguns minutos sem respirar são suficientes para nos levar à morte podemos
afirmar convictamente que um grande número de pessoas não respira corretamente e
isto, pode ser um dos motivos de sua precária saúde. Pode-se dizer, sem exagerar
e sem medo, que aprender a respirar é aprender a viver melhor
SISTEMA RESPIRATÓRIO HUMANO

Embora viva imerso em gases, o
organismo humano precisa de mecanismos especiais do sistema respiratório, para
isolar o oxigênio do ar e difundi-lo no sangue e, ao mesmo tempo, remover o
dióxido de carbono do sangue para eliminação na atmosfera. Para expandir os
pulmões é necessário um mínimo de esforço, que ocorre naturalmente, na
atividade da respiração. A maior ou menor capacidade de expansão pulmonar é
conhecida como complacência. Quando a capacidade de expandir está diminuída,
diz-se que o pulmão tem a complacência reduzida, ou, em outras palavras, um
pulmão se expande com mais dificuldade. As condições que destroem o tecido
pulmonar produzem fibrose ou edema, ou que impeçam a expansão e retração
pulmonar tendem a diminuir a complacência (GUYTON,1996).
A respiração correta seria aquela
que utiliza toda a capacidade dos pulmões, a chamada respiração abdominal. A
respiração abdominal permite a maior expansão torácica. O diafragma se contrai,
puxando as costelas para as laterais e abaixando os músculos abdominais. O
maior volume e a menor pressão interna da cavidade pulmonar aumentam a absorção
de ar e trocas gasosas (KUPFER, 2007).
As funções primárias da respiração
são:
1. Trocas de gases entre a atmosfera
e o sangue;
2. Regulação homeostática do pH
corporal;
3. Proteção contra substâncias
irritantes e patógenos inalados;
4. Vocalização.
Além destas funções, o sistema
respiratório também é uma fonte de perda significativa de água e de calor do
corpo. Estas perdas devem ser equilibradas usando compensações homeostáticas
(SILVERTHORN, 2003).
A respiração pode se subdividida em
quatro processos integrados:
A troca de ar entre a atmosfera e os pulmões.
Este processo é conhecido como ventilação, ou respiração. A inspiração é o
movimento do ar para dentro dos pulmões. A expiração é o movimento do ar para
fora
A troca de oxigênio e dióxido de carbono entre
o pulmão e o sangue.
O transporte de oxigênio e dióxido de carbono
pelo sangue.
As trocas de gases entre o sangue e as células
(SILVERTHORN, 2003).
A respiração exige o funcionamento
coordenado dos sistemas respiratórias ecardiovascular. O sistema respiratório é
composto por estruturas envolvidas na ventilação e na troca de gases que
consistem de:
Sistema de condução de passagem, ou
vias aéreas que ligam o ambiente externo à superfície de troca nos pulmões.
Alvéolos, que são a superfície de troca dos
pulmões, onde o oxigênio e o dióxido de carbono são transferidos entre o ar e o
sangue.
Ossos e músculos do tórax que auxiliam a
ventilação (SILVA, 2007).
Os níveis de gás carbônico exercem influência mais marcante
sobre o controle da respiração e, quando começam a baixar, levam à ativação de
um centro nervoso no bulbo, chamado centro expiratório, responsável pelo
comando que induz à expiração. Uma vez que o excesso de gás carbônico vai sendo
eliminado pela expiração, o centro inspiratório é estimulado pelas baixas
concentrações de oxigênio e comanda a inspiração subsequente (SILVA, 2007).
Volumes e capacidades pulmonares
A ventilação pulmonar pode ser
medida pela determinação dos volumes de ar
existente nos pulmões, em diferentes
circunstâncias. O estudo das alterações nos volumes pulmonares é feito pela
espirometria. Para avaliar a ventilação consideram-se os seguintes volumes
pulmonares: volume corrente, volume de reserva inspiratório, volume de reserva
expiratório e o volume residual.
Volume corrente (VC) é o volume de
ar inspirado ou expirado em cada
respiração normal. Corresponde a
aproximadamente 500 ml em um adulto médio, do sexo masculino (GUYTON,1996).
Volume de reserva inspiratório (VRI)
é o volume extra de ar que pode ser inspirado, além do volume corrente normal,
durante a inspiração máxima forçada.
Corresponde a cerca de 3.000 ml.
Isto significa que durante um período de respiração tranquila, se produzirmos
uma inspiração máxima, chamada “suspiro”, podemos inspirar um volume adicional
de 3 litros de ar (GUYTON,1996).
Volume de reserva expiratório (VRE)
é a quantidade de ar que ainda pode ser expirada, por uma expiração forçada,
após o final da expiração corrente normal. Este volume é de cerca de 1.100 ml
(GUYTON,1996).
Volume residual (VR) é o volume de
ar que permanece nos pulmões após uma expiração forçada. Este volume é em média
de 1.200 ml. As combinações de dois ou mais volumes são chamadas de capacidades
pulmonares. As principais capacidades pulmonares são: capacidade inspiratória,
capacidade residual funcional, capacidade vital e a capacidade pulmonar total
(GUYTON,1996).
Capacidade inspiratória é a
quantidade de ar que pode ser inspirado, quando a inspiração começa ao nível
expiratório normal e distende os pulmões ao máximo.
Equivale a cerca de 3.500 ml e corresponde à soma do
volume corrente e do volume de reserva inspiratória (GUYTON,1996).
Capacidade residual funcional é a quantidade de ar que
permanece nos pulmões ao final de uma expiração normal. Equivale a cerca de
2.300 ml e corresponde à soma do volume de reserva expiratório com o volume
residual (GUYTON,1996).
Capacidade vital é a quantidade máxima de ar que um indivíduo
pode expelir dos pulmões após uma inspiração máxima, seguida de uma expiração
máxima.
Equivale a cerca de 4.600 ml e corresponde à soma do
volume de reserva inspiratório com o volume de reserva expiratório
(GUYTON,1996).
Capacidade pulmonar total é o volume máximo com o qual
os pulmões podemse expandir com o maior esforço inspiratório possível.
Corresponde a cerca de 5.800 ml (GUYTON,1996).
Os volumes e as capacidades pulmonares são cerca de20
a 25% menores no sexo feminino e são maiores nos indivíduos de maior porte
físico e nos atletas. A ventilação pulmonar é realizada quase totalmente pelos
músculos da inspiração. Ao relaxar os músculos inspiratórios, as propriedades
elásticas dos pulmões e do tórax fazem com que os pulmões se retraiam
passivamente.
Quando os músculos inspiratórios se acham totalmente
relaxados, os pulmões retornam a um estado de relaxamento denominado nível
expiratório de repouso. O volume de ar nos pulmões, neste nível, é igual à
capacidade residual funcional, cerca de 2.300 ml no adulto jovem (GUYTON,1996).
O volume residual representa o ar que não pode ser
removido dos pulmões,mesmo através de uma expiração forçada. É importante
porque mantém ar dentro dos alvéolos, que por sua vez fazem a aeração do sangue
nos intervalos das respirações. Não fosse o ar residual, a concentração de
dióxido de carbono no sangue aumentaria e cairia muito em cada respiraçãoe
certamente seria desvantajoso para o processo respiratório (GUYTON,1996).
O volume-minuto respiratório é a quantidade total de
ar novo que entra nas vias respiratórias a cada minuto e equivale ao produto do
volume corrente pela frequência respiratória. O volume corrente normal éde
cerca de 500 ml e a frequência respiratória normal é de 12 respirações por
minuto. Portanto, o volume-minuto respiratório é, em média, de 6 litros por
minuto, e pode ser aumentado, pelo aumento da frequência respiratória ou do
volume corrente, conforme as necessidades do indivíduo (GUYTON,1996).
Esta possibilidade de controlar a respiração é o que torna a respiração um
instrumento tão valioso para praticantes de Yoga. É comum que praticantes
razoavelmente treinados respirem uma vez por minuto durante um longo período.
Nestas condições constataram em um praticante, uma tolerância muito maior à
hipercapnia (altas concentrações de gás carbônico) e a hipoxia (baixas
concentrações de oxigênio). Assim, a própria resposta à estimulação de
quimioceptores é condicionada pelo treinamento (SILVA, 2007).
Os centros
controladores da respiração estão ligados a vias nervosas que inervam os
músculos respiratórios, pois estes são o motor da respiração. Graças ao papel
dos músculos inspiratórios, a caixa torácica é expandida e o ar pode entrar nos
pulmões. O relaxamento destes mesmos músculos leva à retração da caixa torácica
e à expiração. Assim em condições normais a inspiração é um processo ativo e a
expiração é passiva, mas em condições especiais, quando se procura trabalhar
com expirações prolongadas ou forçadas, como em algumas técnicas de Yoga,
outros músculos podem atuar, sendo assim chamados de expiratórios. Os principais
músculos respiratórios, de uma forma geral são:
Inspiratórios: Diafragma (expande o tórax
inferiormente), intercostais externos (expandem o tórax medianamente), e
escalenos (expandem o tórax superiormente).
Expiratórios: intercostais internos (retraem o tórax
medianamente), abdominais(retraem o tórax inferiormente).
Quando se trabalha a respiração baixa, é o esforço diafragmático
que proporciona a inspiração, quando se trabalha com a respiração média, o
esforço dos intercostais é mais importante e quando se trabalha a respiração
alta os escalenos passam a ter um papel inspiratório mais importante (SILVA,
2007).
CONCLUSÃO
Em conclusão, a quantidade de
respirações abdominais de 5, 10 e 20 demonstraram que ocorreram alterações na
variabilidade do sistema cardiovascular através da aferição da PA (pressão
arterial) e FC (frequência cardíaca). Sendo assim sugerimos a utilização da
prática de respirações abdominais pela Naturologia, no CIS (Centro Integrado de
Saúde), em consultórios particulares, Spas ou em qualquer outro local e
situação em que tenha a necessidade do indivíduo de diminuir sua PA ou FC, por
ser uma prática sem custos e de fácil execução.
BIBLIOGRAFIA
ACARYA, Avadhutika Anandamitra. Yoga
para a saúde integral. São Paulo: Ananda Marga Publicações, 2003.
ARAÚJO, Dr. Manuel Afonso de. Naturopatia:
O poder curativo da natureza. Espanha: Publicaciones Digitales, 2008.
BAPTISTA, Makilim Nunes; CAMPOS,
Dinael Corrêa de. Metodologias de Pesquisa em Ciências. Rio de Janeiro: LTC,
2007.
BIDERMAN, Iara. Como respirar
melhor. Folha de São Paulo: Caderno Saúde,
São Paulo, 21 maio 2009, p. 6-9).
DEVANANDA, Swami Vishnu. The
Sivananda Companion to Yoga. Nova Iorque: Simon & Schuster, 2000.
DIRETRIZES e normas para
apresentação de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses. Universidade
Anhembi Morumbi: NBR 14724/2002. 2. ed. São Paulo: Ed. Anhembi Morumbi, 2007.
ELIAS, Marcos Teixeira. Sobre a arte
de respirar bem. Curitiba: Centro Reichiano, 2007. Disponível em:
<www.centroreichiano.com.br/artigos.htm>. Acesso em: 09 mar. 2010.
Sistematizado por: Cândida Neusa Camati
Estudante de pedagogia no ISCED- BENGUELA
EMAIL: neusacamatipedagogia2013@gmail.com
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